Nesta segunda-feira (31 de outubro), data em que Carlos Drummond de Andrade completaria 109 anos, o Instituto Moreira Salles propôs a criação do “Dia D”, dedicado ao poeta. Homenagem mais que merecida, Drummond é um de nossos maiores poetas. Vejam só quanta coisa bonita ele escreveu:
Gastei uma hora pensando um verso
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Por quê? Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
ao sentido de viver, amar, morrer?
Cerâmica Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara.
Sem uso,
ela nos espia do aparador.
O mundo é grande O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
QUADRILHA João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Inconfesso Desejo (trecho) "Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos."
No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas, tão fatigadas,
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera. Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.
A Maratona Escolar faz parte do programa Rio, uma cidade de leitores, que visa estimular o hábito da leitura entre professores e os alunos das escolas municipais. Este ano, a Maratona terá como tema o escritor Érico Veríssimo.
Érico Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS), em 17 de dezembro de 1905, e faleceu em Porto Alegre, em 28 de novembro de 1975. Deixou uma extensa e premiada obra literária. Foi um dos escritores brasileiros mais populares do século XX.
"O colégio... livros, mapas, Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...classes, cabeças curvadas sobre cadernos, cochichos, murmúrios e uma vontade doida de sair para o sol, de correr, ver a rua, as pessoas, as casas, o céu, os bondes, os automóveis..."
Trecho do livro "Clarissa", que conta a vida de uma adolescente sonhadora e romântica.
Então, vamos à Sala de Leitura conhecer melhor a obra desse grande escritor?
Enquanto isso divirtam-se com a fotonovela acima, baseada no livro " Clarissa".
Festa é sempre bom! E a nossa Festa Agostina foi maravilhosa! O dia estava lindo , já anuciando tudo que viria a seguir.
A decoração, especialmente elaborada pela super criativa professora Geórgia, transformou o nosso pátio em um típico arraial, num clima de Cordel Encantado.
Os quitutes estavam deliciosos, as brincadeiras bem divertidas!
Nosso Correio do amor e da amizade fez um grande sucesso! Todos participaram com muita paz , alegria e confraternização!
E a quadrilha então? Foi o ponto alto da Festa, dançamos como nos velhos tempos em que se dançava para agradecer as boas colheitas!
Que venham muitas outras festas!
Toda a nossa equipe, professores, alunos, pessoal do apoio e estagiários estão de PARABÉNS!!!
Vamos ver e comentar algumas flagrantes da Festa?
Sábado também é dia de escola! Foi nesse clima que a Epitácio Pessoa abriu suas portas para receber alunos e seus responsáveis para participar do "Escola Aberta."
Tivemos reuniões nas salas de aulas, com toda a comunidade escolar, discutimos aspectos positivos e negativos de nossa escola. A participação dos pais foi excelente e ficamos muito orgulhosos em saber que eles gostam muito do trabalho que desenvolvemos! Os professores estão de parabéns!
A Educopédia é uma plataforma online colaborativa de aulas digitais, onde alunos e professores podem acessar atividades autoexplicativas de forma lúdica e prática, de qualquer lugar e a qualquer hora.
As atividades das aulas digitais incluem vídeos, animações, imagens, textos, podcasts, quizzes e jogos. A plataforma visa melhorar a qualidade da experiência educacional, a partir da utilização das novas tecnologias e novas descobertas da neurociência, para a criação de um modelo pedagógico que melhor responda às demandas dos jovens. As aulas são criadas e revisadas por professores da rede.
A navegação foi pensada para pessoas com qualquer nível de letramento digital. O ambiente das aulas oferece recursos fixos e variáveis, como dicionário, calculadora, mapa e caderno de anotação. É a melhor forma de se utilizar as novas tecnologias em sala de aula.
A Educopédia é idealizada e realizada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Oi Futuro e conta com o apoio do Grupo de Informática Aplicada à Educação do NCE/UFRJ e outras instituições. Com o mesmo conceito colaborativo da Wikipédia, as aulas são revisadas e modificadas com frequência e sua qualidade vai aumentando com o tempo.
No vídeo abaixo podemos ver o funcionamento da Educopédia no dia a dia de nossa escola, com depoimentos de nossos alunos e das professoras Sâmea e Elisete: